Hans-Georg Gadamer, no texto A
atualidade do belo – a arte como jogo, símbolo e festa, propõe uma definição de arte que englobe
tanto as pinturas renascentistas quanto as manifestações pós-modernas, por meio
do esquadrinhamento dos três conceitos explicitados no próprio título: jogo,
símbolo e festa. Resumidamente, Gadamer explica o jogo como um movimento que
não está ligado a uma finalidade última; o símbolo, como aquilo com que se
reconhece um antigo conhecido, em algo ou alguém; e festa, como a coletividade
e sua representação acontecendo simultaneamente. Para ele, estes conceitos
desempenham papel de destaque para se definir arte: “a volta ao jogo, a
elaboração do conceito de símbolo, isto é, da possibilidade de reconhecimento
de nós mesmos, e finalmente a festa, como a essência da comunicação recuperada
de todos com todos” (GADAMER, 1985, pp. 38, 50, 61, 23).
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