Segundo Walter Benjamin, a arte tem um
aspecto dialético que desempenha uma função política vital: a mútua
desmistificação entre realidade material e expressão estética. Se, por um lado,
a arte prescinde de elementos da história material para sua interpretação de
maneira que “tesouros” culturais
deixem de ser apetrechos da classe dominante, por outro lado, ela proporciona
uma iconografia crítica para decifrar essa mesma história material, de maneira
que seus elementos ainda possam constituir uma constelação revolucionária com o
presente (BUCK-MORSS, 2005, p. 40).
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